Prepare-se para uma viagem incrivelmente assustadora pelas entranhas de um mundo caótico, onde domina a lei do mais rico e influente.
Aperte o cinto e adentre no horripilante mundo político conhecido como Palmeiras.
Esqueça o passado glorioso de títulos e concentre-se no presente negro, onde dívidas foram criadas e nada foi feito.
Desde a era Mustafá o Palmeiras nunca mais foi o mesmo. Os tentáculos políticos do ditador estendem-se até as entranhas do clube. Nenhum presidente governará em paz enquanto Mustafá estiver vivo.
Gonzaga Belluso veio como um Messias, e caiu como Judas; aumentando as dividas e criando o caos.
Diversos treinadores caíram perante o Caos.
Até que esforços sem fim trouxeram para a academia verde desbotada de esperança Luís Felipe Scolari, um escudo que a torcida confia e idolatra capaz de finalmente separar o Caos politico do futebol.
Pobre coitado, nem sabia onde estava se enfiando.
Menos de um ano se passou. Os títulos não vieram. O então presidente Arnaldo Tirone tenta enxugar gastos mas esbarra na necessidade de manter o time em pé de igualdade com os demais clubes do país. Mesmo tendo a sombra de Mustafá nas costas, Tirone não consegue controlar o Caos.
Felipão tenta blindar seus operários, mas, recentemente esbarrou de frente com a empreiteira DIS, que detém os direitos econômicos de vários jogadores.
Felipão não conseguiu defender o pobre Tinga, que, não tem forças suficientes para lutar sozinho.
—–BANG—–
Tchau.
Agora olhos ferozes se voltam para os únicos guerreiros de nível que o time possui.
A Europa quer Valdívia.
O Flamengo deseja Kleber.
São Marcos definha perante o tempo, implacável.
Símbolos do passado que lutam para transformar o presente em algo mais feliz.
E Felipão começa a falhar. Não por falta de esforço (com um salário de 700 mil só faltava isso), mas por falta de interesse politico em reerguer o Palmeiras.
E no meio disso estamos nós, pobres torcedores que sempre temos esperança, mas acaba por ai.
Paulo Martins